A bagagem do artista nômade || Crescer e Viver

A coordenadora pedagógica do Crescer e Viver, Bárbara Helga se impressiona com oportunidade de dialogar com artistas de outros grupos circenses e até companhias internacionais. “Quantos grupos participarão do Tangolomango este ano?”, indaga curiosa. O Crescer e Viver é uma iniciativa pioneira de circo social no Rio de Janeiro, dentro da qual funciona o Programa de Formação do Artista de Circo. No Tangolomango 2011, a escola circense reuniu oito participantes de suas oficinas para representá-la na intensa maratona de ensaios e espetáculos.

“Será um prazer participar deste festival, e proporcionar aos jovens o contato com o novo, com a diversidade de culturas e ideias, favorecendo o enriquecimento cultural de cada um deles”, diz Bárbara. Ansiosos pela dinâmica com outros grupos, os integrantes se concentram na “lona-sede” da Praça Onze, berço do circo em terras cariocas. O Crescer e Viver, que já estabeleceu intercâmbio próximo com o Circo Social Del Sur, jamais se apresentou em Buenos Aires, mas é a experiência de troca que é vista como a principal “bagagem para toda a vida”.

O contato com os outros grupos, portenhos e brasileiros, é motivo de muita expectativa. Quando perguntada sobre como é a relação do circo com outras formas e linguagens artísticas, Bárbara é direta: “A atividade circense promove de forma lúdica a convivência entre diversas classes sociais, e através do prazer que a arte proporciona encontra um ponto de igualdade entre seres, corpos, formas e filosofias de vida. O circo exige concentração, respeito ao próximo, senso de coletividade e parceria.” O Crescer e Viver está pronto pro que der e vier.

 

“A atividade circense promove de forma lúdica a convivência entre diversas classes sociais e exige concentração, respeito ao próximo, senso de coletividade e parceria…”

 
Encantada com a possibilidade de se defrontar com outros artistas de escolas circenses e integrar esta grande mistura cultural latino-americana que o Tangolomango proporciona, Bárbara crê que o grupo pode se beneficiar bastante da ponte aérea Rio-Buenos Aires nesta edição do festival. “O circo por si só já é uma modalidade nômade que sobrevive de vivências cosmopolitas. Creio que esse sentimento [de chegadas e partidas] já seja inerente ao artista circense”, diz.

 



Histórico

Instituição sem fins lucrativos, o Crescer e Viver possui três eixos programáticos: o circo social, com oficinas livres para crianças e jovens; o programa de formação artística profissional (Profac); e o programa de cidadania criativa, que realiza intervenções e ações complementares com planejamento pedagógico.

O Crescer e Viver possui representação na Federação Ibero-Americana de Circo (FIC) e atua formulando, promovendo e executando atividades culturais performáticas. Suas ações beneficiam aproximadamente 200 crianças, adolecentes e jovens de comunidades e classes populares.

 

Ficha técnica

Coordenação pedagógica: Bárbara Helga

Integrantes: Danila Hellen Meloni, Edgar Ramos, Felipe Ruschel, Natália Lopes, Pedro Serejo, Rafael Garrido, Renê Carvalho, Rodrigo Ceribelli, Samantha Vila
 

Fale com o grupo

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